Nossa História

Tudo começa em meados de 2010. Talvez soe meio redundante dizer que nossa história é muito bonita (acredito que 99,9% dos casais também acham suas histórias super-hiper-mega bonitas, com direito a música de fundo e tudo mais), não tanto pela rapidez como as coisas aconteceram aos olhos dos outros (para nós era, e sempre foi, tudo tão natural), mas pela intensidade de como tudo ocorreu. O noivo, um geminiano e utópico sonhador, e a noiva, cheia de segurança e pé no chão, mas sempre doce, se viram pela primeira vez na Reitoria da UFPR. Há quem diga que se viram um tempo antes nos bares da redondeza, mas ambos não lembram com muita precisão do momento, da data, só sabem que estavam lá, no mesmo lugar sem se ver. Enfim, a reitoria é nosso lugar. A noiva com seu bolo de cenoura e o noivo encantado com a sua beleza, se viram pela primeira vez. Descobriram alguns minutos depois que iriam cursar a mesma matéria da pós-graduação em História da UFPR, para timidez de ambos.
O Dani conheceu a Fer em uma matéria de História. Se encantou com seu jeito, com sua doçura que se revelava em meio a uma seriedade também muito forte, com sua inteligência e com a sua simpatia. E se encantava cada dia mais com ela!
Cursaram a mesma matéria, trabalharam juntos em um projeto do MEC (não, isso não é Eduardo e Mônica do Legião) e com muitas, muitas conversas madrugada adentro, tudo ficava cada vez mais bonito. Pra pedir a Fer em namoro foi, literalmente, um "pulo". Com resistências aqui e outras ali, ela aceitou, para a alegria e felicidade do Dani (sabe aquele sorriso de orelha à orelha?). A história ficava cada vez bonita e intensa e a certeza de que era pra sempre, cada vez maior. A necessidade de estar junto, de viver cada instante sempre perto, de compartilhar momentos especiais, foi se tornando algo muito intenso para ambos.
Alguns meses depois de se conhecerem, lá estavam os dois a caminhar pelas ruas de Curitiba a procura do apartamento ideal, o qual apareceu, mas em São José dos Pinhais. Não sei se as famílias receberam com tanta tranquilidade a notícia, mas enfim, compraram seu cantinho, ainda na planta.
Correr atrás das alianças, foi, novamente, um pulo. Depois de experimentar mil e um modelos, formatos e tamanhos, decidiram pela tradicional (foi tão legal comprar!). Extremamente eufórico e ansioso, o Dani enfim pediu a Fer em casamento lá na Cantina do Délio (essa foi uma excelente indicação do padrinho Fábio). O noivo tentou criar um clima normal, mas entregou parte do jogo a alguns passos do lugar, dizendo que tinha uma surpresa. (Ainda acho que a Fer super desconfiava quando ele disse que iriam jantar e era pra ela ficar bem bonita!)
Agora vem a parte do juntar dinheiro e trabalhar, trabalhar e trabalhar...que eu acho que não precisa ser explicada e contada, afinal todos querem ler histórias bonitas e cheias de amor.

O que é o mais bacana e bonito é realmente a parte do descobrimento um do outro. Da aceitação de ambos. De perceberem que, mesmo diferentes, são um complemento do outro. E que, mesmo com o povo moderno (que já nem são mais tão modernos) do pós-modernismo pregarem a individualidade, descobrem que não vivem mais um sem o outro. Aceitam o outro como ele realmente é e amam esse jeito. Acredito que uma relação de verdade não se faz com a anulação do outro ou com duas pessoas buscando serem idênticas ou ainda, acham que só sendo iguais constroem algo juntos. Na minha opinião, uma relação  é a soma de ideias diferentes. E essa soma fica tão mais bonita quando não existe subtração de nada, ou melhor, de nenhum lado.
Nossa história é bonita porque é verdadeira. Porque é a entrega total de ambos para isso. É a certeza de que o passear de mãos dadas pela vida toda é muito mais gostoso. É a vontade de estarem juntos, de compartilhar momentos, compartilhar a vida. Uma vida que traz outra vida. É estar sempre feliz com a chegada do outro. É fazer uma história juntos. É como uma dança. Aquela em que estamos a olhar fixamente um para outro e somente isso importa. Um leva o outro. Sem peso, mas de uma forma leve, feliz. É a certeza de que o caminhar pela mesma estrada será bonito e intenso. É a certeza de que a vida será como um abraço bem gostoso e aconchegante, mas dessa vez, um abraço pra vida toda.